Vais me ver voar
Sobre a cidade de pedra
Onde ninguém se lembra de mim
E eu sou parte de tudo
Nada vai mudar
Aqui nada me medra
Em sua face vejo o temor
Já não há fábulas
Nesta cidade de fúria
E me verás cair
Como uma ave esperta
Vais me ver cair
Em coberturas desertas
E vou te despir
Que nossos corpos libertem
E me refugiarei
Antes que todos despertem
E me deixarás dormir ao amanhecer
Entre suas pernas
Entre suas pernas
Irei te amar, me esconder e desaparecer
Entre a névoa
Entre a névoa
Um homem alado
Sente falta da terra
Vais me ver voar
Sobre a cidade de pedra
Onde ninguém se lembra de mim
E eu sou parte de tudo
Com a luz do sol
Minhas asas derretem
Somente encontro na escuridão
O que me une
Com esta cidade obscura
E me verás cair
Como uma flecha selvagem
Vais me ver cair
Entre voos fugazes
São paulo é sempre assim
Tão suscetível
Na pauliceia de pedra
Os nossos corpos se permitem (amar)
E me deixarás dormir ao amanhecer
Entre suas pernas
Entre suas pernas
Irei te amar, me esconder e desaparecer
Entre a névoa
Entre a névoa
Um homem alado
Sente falta da terra