Me sinto desafinado
Cantando samba-canção, cansado, cheio de amor
Estou perdido entre bemois e sustenidos
Na procura, na espera de um grito aflito da mocidade
Vou de mão em mão
Catando a mesma canção na solidão de um bar qualquer
Só não consigo esquecer os carinhos
Daquela mulher de verdade
Me arrasto pelo espaço
Me perco no compasso
A viola cansa, penso em parar
Mas como vou parar
Pois se quando já é de manhã
Sinto o acorde da orquestra na rua
Esperança e lembro que alguém me disse
Eu lembro que alguém me disse
No entanto é preciso cantar
É preciso cantar
Pra alegrar a cidade
Pra alegrar a cidade