Sou bicho do mato, menino selvagem
Jurado de morte, espécie em extinção
Sob fogo cruzado, que queima a floresta
Sufocando meu pulmão
Meus braços são galhos, os cabelos são folhas
Alimento os frutos do meu coração
Minha raiz é a terra, preciso de água
Pra não morrer na solidão
Vem meu amor, vamos construir uma floresta
Cheia de amigos, com a natureza em flor
Vem meu amor, vamos semear a vida
Por mil gerações, nossa espécie sobreviverá
Sou guardião da floresta, sou Chico menino
Não posso deixar, destruir esse lugar
Sou da mãe natureza, não vivo sem ela
E assim sempre será.
Não vou permitir, matança de bicho
Nem fugir do inimigo, mesmo que custe a vida
Vou viver na aldeia, ver a dança da chuva
E descansar em paz!