Quem és tu para fazer-me de idiota
Me obrigando a ajoelhar-me a teus pés
Quem na vida já sofreu tantas derrotas
Não importa em sofrer mais um revés
No passado o que apenas eu maldigo
Foi ter unido o meu nome junto ao teu
Porque o destino ofertou-me por castigo
Uma mulher mais errante do que eu
Nunca mais tu terás o meu carinho
Porque o mundo me ensinou ser sempre homem
Embora sei que fui errado em meu caminho
E por vingança tu manchaste o meu nome
O meu destino teve as ruas como prêmio
Me negou o santo nome de esposa
Porque eu nasci com a alma de boêmio
E tu nasceste com o dom de mariposa
De hoje em diante somos livres do contrato
Regressaremos cada qual para o seu posto
Muito embora se confirmem os boatos
Que a vergonha não existe em nosso rosto
Sem lar na vida hás de controlar teu gênio
Pagando caro pelo erro praticado
Porque o homem mesmo sendo um boêmio
É sempre homem e tem que ser respeitado