Não sou seu prêmio ou recompensa
Sua sentença ou punição
Não sou seu grêmio, sua crença
Indiferença ou solução
Mas sou aquilo que me der na telha
E que se assemelha ao que você bem entender
Não sou relíquia ou raridade
A novidade da estação
Nem sua força de vontade
Seu bicho de estimação
Não sou a mosca na sua sopa
Nem a sujeira no seu chão
Ferida, mancha na sua roupa
Clube, parque de diversão
Mas sou aquilo que me der na telha
E que se assemelha ao que você bem entender
Que você bem entender
Se me reconheço naquilo que não quero
E me fortaleço num abraço sincero
Se me compadeço do que menos espero
E já não esqueço que o preço do meu apreço é arriscar