Me espelho na minha ira
Com a ponta da caneta
No meus verso sigo e peço
Que a justiça seja eleita
Eu conheço a minha alma
Cada um conhece a sua
Aura boa bate palma
Minha sina continua
Vida boa nesse mundo babilônia da maldade
Coração de vagabundo mente de mediocridade
A miséria do universo, sei que tudo é vaidade
Certo mesmo é homem que aceita sua realidade
E se a fome for epidemia
E se o rap for vendido?
E se o sol no fim do dia
Se revoltar e ter fugido?
E se a tempestade que te mata
Sucumbir a sua infância?
E arrancar de vez da mente
O que tinha de lembrança
Se a vida for escassa
Seu dinheiro pouco vale
Se é bonita não embaça mina
Eu não tenho ferrari
Minha mente que processa
Mundo louco de ilusão
Vida breve vida honesta
Já tá bom de intervenção
A aula nunca acaba se
Sua mente só processa
Nesse verso eu deixo a marca
Vida boa molda a peça
Na minha linha escrevo vida
Rebeldia é de lei
Subverto em alegria
Me converto e viro rei
Reescrevo minha história
Linha torta e linha reta
Se mereço a vitória
Ela vem na hora certa
Repenso na humanidade
E vejo o que te fere
Conheço sua identidade
Sua critica sobre a pele
Conheço seu preconceito
Sua peste atrai escolhas
Revejo o teu silêncio
Sua vida atrás de folhas
Vivendo e correndo
Conheço a fé de longe
Vendo e revendo os comedia que se esconde
Vivão e vivendo, viver não é só tá vivo
Assim como fazer histórias
Não é só escrever um livro
Me livro de quem me atrasa, faço mais capitulo
Vivo página por página sem preocupar com título
Passo a passo escrevo o que passo
Dito o que vivo, ponho no bloco
Métrica, flow, letra e compasso
Sigo no trilho, mantenho o foco
Dia a dia, nego vacila e tá rodando
Então vigia até tua sombra
Atrás de tu ela tá andando
Quer confiar em alguém?
Em si só! essa é a verdade
E você pode tudo
Então confie com vontade!
O pássaro que voa
Sabe que também é falho
Confia na própria asa
Não na dureza do galho
Justiça pra todos? piada!
Fere quem quer e outros ajuda
Ações me provam todo dia
Que ela é cega, surda e muda
Mas não vá atrás de vingança
Não queira ir cobrar
Porque esses a própria vida
Faz questão de derrubar
Às vezes a vida trava
Te nega aquele sonho
Mas o impossível eu tô mudando
Minhas regras eu imponho
Se não der assim mesmo
Passe logo a página
Seja forte pra esquecer
Negue a ela sua lágrima
Nobre de espírito eu sou
Minha riqueza é na alma
O teu olhar de julgamento
Não tá tirando minha calma
Avalia por fora e talvez veja fraqueza
Mas por dentro é que sou forte
Essa é a minha destreza
Teu preconceito não me atinge
Não me aflige, não me ataca
Tô levantando a muralha
Tô fincando as estacas
Então sua lança de maldade
Atira que eu desvio
Meu poder de proteção é sublime ao desafio
Tuas merda eu nem ligo
Entra numa e sai noutra orelha
Porque leão não se importa
Com opinião de ovelha
Se quer me pegar corre! já tô do outro lado
Só um aviso: você vai morrer cansado