noite, a rua emudecida
e as palavras proferidas
em baixo tom para não despertar
o que passou e então descansa ao som do meu violão
sentado na varanda iluminado
pela luz que vem da lua
que clareia a visão que há da rua
em vigilia constante à mando de Deus
o sereno fino no meu rosto
nesse deserto que nasceu no morrer do sol
enquanto todos dormem
alimento meus sonhos no silencio que se faz.
Se eu não conseguir dormir
É que já vivo sonhando
pois não quero acordar de manhã
sem abrir um sorriso, antes de abrir os olhos
ao clarear o dia
percebo meu rosto cansado
mas minha alma sadia
eu deitado na cama, imaginando como seria
Se fossem outras decisões, ou outras ocasiões
ou se tudo é predisposto e ironia do destino
se é porque é, foi porque havia de ser
Se eu não conseguir dormir
É que já vivo sonhando
pois não quero acordar de manhã
sem abrir um sorriso, antes de abrir os olhos