Depois da longa caminhada, das costas marcadas
E de ser apresentado a desilusões,
Muito papo furado e sonhos quebrados
O zumbido no ouvido não chateia mais.
Tanta ansiedade, falta de sinceridade
Adormeceram os sentidos de reação.
Fiz minha escolha, criei a minha bolha
Que me livra das mentiras desse mundo cão.
Eu quero desapego
Não pretendo mais me entregar à você
Sei que ainda é muito cedo para resolver.
Seguir sem medo
Me livrar do vicio para sobreviver.
A mão ficou calejada, a alma ressecada
Por palavras que perfuram como um punhal.
Me cansei das imagens, não quero esse prato
Que me serve um banquete superficial.