Os pés neste chão
Deste mundo maleva
Vida, turbilhão
Luto, cercos, nó, lenço
Alma xucra de peão
A cabeça nos ventos da sina
E os viventes nas borrascas
Já não é mole viver
E é bem pior sem a china
Um vento embalando o perfume do rio
Venta até mim os desafios dos grilos vadios
E pelejando co’a estrela lá no céu acesa
Muito na sua mete um bolo de nuvens
Nas ventas da lua se ela espia
Vento pampeano
Sai bagual do mato e voa na invernada
É quase a visagem de um índio bem guapo
Nos rumos do sol a galope
Vento, oh pingo ginete!
Rrrrrriiiiinncha as canções do meu pago
Vem com a crina avoante
Enxuga o meu rosto encharcado
Deixa eu montar o teu pêlo e me leva distante
Deixa eu montar o teu pêlo
E me leva distante pra lá desta noite!