Cara pálida você não é filho desse lugar!
Veio do Ocidente doente pouiu nosso lar!
Aqui tinha caça, tinha pesca, tinha o sol e a lua...
Tinha o riacho inteiro pra poder navegar,
Não havia dinheiro pra quê trabalhar!?
Se o que tinha na mata dava pra sustentar!
Mas veio a caravela e o vento começou a mudar,
E quem não servia de escravo mandavam matar...
Aqui só existia o presente não havia o futuro!
Nesse tempo o Cauín não se vendia no bar,
Não havia limites somente o mar,
Toda tribo era festa até tudo acabar!
To be or not to be...
Tupi or not Tupi...
To be or not to be...
Tupi or not... Tupi or not...
Tupi or not Tupi...
Cara pálida você não é dono desse lugar!
Sua pele fica invisível na areia do mar...
Hoje não tem caça, não tem pesca, só menino de rua!
Hoje tem polícia, bandido e o medo no ar.
O que fez seu progresso se não destruir
O que havia de bom e bonito aqui!
E hoje quem restou deste povo vive numa prisão...
Trocou sua vida de índio pela vida de cão!
Hoje a velhice é doença e quem nasce não cura!
Hoje as estrelas são olhos que brilham no escuro,
cada casa uma ilha, somos todos estranhos
Espantalhos humanos entre o Acre e Londres!
To be or not to be...
Tupi or not Tupi...
To be or not to be...
Tupi or not... Tupi or not...
Tupi or not Tupi...
ê macumbabebê, ê macumbê...
ê macumbabá, Macumbá!