Naturalmente eu posso viver
Outonos em meu coração
Eu quero poder renascer
Folhas já mortas no chão
Em ventos fortes vou surgir
Girar o mundo, ver assim
Meus horizontes colorir
De cores vivas que saem de mim
Anuncio a tempestade
Em aquarelas nas cidades, matas virgens, campos, matagais
Sopro nuvens passageiras
Sou de chuva, sou poeira
Eu sou fugaz por isso, um tempo a mais!
Faço tardes seduzir
Na luz do sol sou enfim
Estação de reluzir
Que a luz se fez dentro de mim
Velas soltas pelo mar
Coração do vento, eu vou
Belas terras alcançar
Mutação do tempo, eu sou
Caravelas sentinelas, saio a navegar
Em meu outono é certo o céu aberto onde estou
Trincos e janelas vão se abrir, é só entrar
Desperto o sono em aquarela e nova era eu sou!