Veio, do agreste brasileiro
Povo trabalhador, humilde e guerreiro
O bando não passava de cinquenta
Traje de couro, carregando escopetas
Triângulo, zabumba e violão
Era o cangaço do senhor lampião
Na luta do povo nordestino
Contra a força do coronelismo
No rádio só tocava o Baião
Rei Virgulino exaltava a legião
É o funk baião
É o funk baião
Lá do sertão
De Maria Bonita e Lampião
Em 1926, se encontraram uma única vez
E foi em Juazeiro, Juazeiro do Norte
Que aquele padre lhe rogou toda a sorte
Pra que continuasse a sua empreitada
Naquela terra seca e árida
Contra políticos e contra coronéis
Que massacravam todos os seus fiéis
No rádio só tocava o Baião
Rei Virgulino exaltava a legião
É o funk baião
É o funk baião
Lá do sertão
De Maria Bonita e Lampião
Mas em 1938, quando o bando acampava
Em seu esconderijo no sertão do Sergipe
Chovia como não chove no Sertão brasileiro
Parecia até as lágrimas de São Pedro anunciando a tragédia
E quando o bando acordou bem cedo
Pra tomar seu café bem amargo e rezar
Foi pego de surpresa pelo exército brasileiro
Naquele momento, Maria Bonita olhou pra Lampião e disse
Ô meu homem não se avexe não
Porque nois vai praquele céu azulão
Dançar esse tal
Esse tal de funk baião
É o funk baião
Lá do sertão, de Maria bonita e Lampião
Funk, Funk Baião
Funk, Funk Baião
Funk, Funk Baião
Funk, Funk Baião