Não se atreva a falar de mim
Pois eu não falo de você
Você não pode ler a alma
Pra falar do meu proceder
E me fita de cima a baixo com um olhar
Que só quer julgar
Mas eu nunca ergui a mão pra de ninguém
Nada tirar, tenho marcas nesse meu corpo
São vestígios de escravidão
Mas mantenho a cabeça erguida está limpo
O meu coração, acredite eu tenho alma
Tenho carta de alforria
Meu dinheiro é suor é sangue todo dia
[refrão]
Eu te explico por que sou assim
É pura melanina que corre em mim (2×)