Criolo branco meu irmão, sempre ligado na missão
Se vem do peito o grito eu berro
vomitando informação
Só na tocaia, sangue bom, sempre ligado na missão
Se vem do peito o grito eu berro
vomitando informação
De volta à ativa, na área
Sem preconceito, com respeito lutando pelo direito
de ser mais um escolhido entre os eleitos
Eu faço ragga, faço reggae, Hip-hop
rock, faço sim
Sempre lutando, dando o sangue até o fim
Derrubando cada porta que se fecha
Segurando a rima, indo em frente na pressa
Brigando, berrando, matando
Matando o preconceito
Criolo branco, na Tocaia, com o berro na mão
Firme no canhão
Aonde está o Brasil?
Terra do samba e do pandeiro
Sendo crucificado pelo ódio e desespero
Brasil! Pais sem pavio
Onde o otário tem fuzil
Matam inocente, sempre indecente
Pais sem mente sempre efervescente
Buscando a rima, na corrente
Tentando abrir a sua mente
Um sonho por água abaixo
um investimento perdido
Um cidadão vagando, filho de cristo
um brasileiro iludido
Minha pátria hoje paga caro
um país crucificado pelos erros do passado
A rua onde o samba passou só ficou
a dor e o rastro de saudades
Meu Brasil de fevereiro na tv tava belo
todo azul, verde, branco e amarelo
Verdade, só felicidade falaram
mas não compartilharam com quem ficou
pra fora do baile, um bloco a parte amanha
desfila metendo o louco nos cantos da cidade
o carro abre-alas do choque financiado
pela sociedade não impede a velha guarda que
sofre
Observando o caos que se encontra o Brasil
Na mochila do "moleque" vai, o lanche
o caderno e o fuzil
Com a chupeta na boca, é só mais um tiro
a queima roupas
Manchando assim de sangue o orgulho do Brasil
Que corre atrás, só pra ver quem atira primeiro
Se é o preto, se é o pobre, se o branco
o moleque, ou quem tem mais dinheiro
Esse é o nosso carnaval
Mulata, peito, bunda, dinheiro e desrespeito
Maconha, craque, Puta, Cocaína
e cola na boca do neguinho no sinaleiro
Olhando para o céu, agradecendo a Deus sempre
cada bomba acesa, em homenagem ao amigo
que morreu
E lá no morro! Com todo respeito eu cito agora
Descendo a ladeira vem saudosa Dona zica
de mãos dadas com o mestre Cartola
Em suas mãos cansadas, suadas
a bandeira verde e rosa
Um tanto quanto Rubra, varada de tiros pela
violência e ignorância
Insultando e calando o bom e velho samba de roda