Essa é a história
De uma universitária otária
Que não sabia se fazia
Oceanografia ou veterinária.
Arquitetura aquela altura era loucura
Mas em compensação comunicação era uma opção.
Ela se dava bem, ela se dava bem,
Ela se dava em redação.
Ela se dava bem, ela se dava bem,
Ela se dava em redação.
Era boa em línguas mas não sabia beijar.
Era boa em línguas mas não sabia beijar.
Aí um dia, um cara apareceu e disse:
-Eu sou o Abreu, muito prazer,
Eu me lembro de você dos tempos do IBEU.
Aí ela disse:
-Ai, Abreu, eu não sei o que eu vou ser.
Eis a questão.
Ser ou não ser. O que será que serei,
O que será que eu vou ser.
Ser ou não ser. O que será que serei,
O que será que eu vou ser.
Aí lá pelas tantas, o Abreu já tonto respondeu:
-Você está meio confusa mas fica
Mais bonita assim sem blusa.
Eu não queria falar mas agora vou dizer.
Todo mundo quer ir pro céu
Mas ninguém quer morrer.
Todo mundo quer ir pro céu
Mas ninguém quer morrer.
Todo mundo quer ir pro céu
Mas ninguém quer morrer.
E por sorte ou por azar
Eles não passaram no vestibular.
Moram juntos até hoje mas resolveram
Não casar pra não complicar.
Esse foi apenas um lance do
Romance de Aparecida e Abreu.
Hoje moram no campo e
São dois grandes amigos meus.
Vivem na natureza, na santa paz de Deus.
-Abreu, desce do coqueiro, o almoço tá esfriando!