A história parou
Em seu fosso criativo
Repetição, regravação
De tudo o que já é antigo
Câmeras, holofotes
Lojas, ruas, carros-fortes
Palcos iluminados
Para os antigos coitados
Atrizes estão nuas
Sem suas belezas forjadas
Vazias e indefesas
As faces 'tão maculadas
A hiper-realidade
Agora as faz mortais
Anônimos sem cara
Que agora estão nos jornais
Eu tenho drágeas
E a dor já não te atormenta
Domando os seus sentidos
Viaje aos anos 60
Homem louco, tocando a vida sem olhar pra trás
Mundo novo, admiravelmente se desfaz
Isso é tudo o que eu quis
E não é tão bom assim
A plena satisfação
Em passos largos
Caminha ao fim
Mesmo em estado triste
Fique feliz de verdade
Seja lá o que for
A tal da felicidade
Você deve mentir (seja feliz de verdade)
Você tem que sorrir (o que é felicidade?)
Você deve mentir (seja feliz de verdade)
Você tem que sorrir (o que é felicidade?)
Homem louco, tocando a vida sem olhar pra trás
Mundo novo, admiravelmente se desfaz
Todos devem ser falsos
E o mundo abre o seu crivo
Estamos nus e descalços
Em pé à beira do abismo
E nessa terra do faça, faça-o-que-quiser
Sem pesadelos, que eu posso te mostrar
Como sofrer
Em alta definição
Criando seus pesadelos
Em terceira dimensão
Adultos-infantes, crianças emancipadas
As ruas tão lotadas
Mas todos estão sozinhos
Social engrenagem
Ligando qualquer caminho
Você deve ser herói de si mesmo
Mas deve me vender a sua paz interior
Tiragem, filmagens, postagens
Tudo pra ontem
O tempo se alimentando
De toda a insanidade
Escorre tudo entre os dedos
O tempo, e seus valores
Amizade, paz, dinheiro, e seus amores
Homem louco, tocando a vida sem olhar pra trás
Mundo novo, admiravelmente se desfaz
Não há vergonha na tara
Nenhum limite foi dado
Você pode roubar
Dentro das leis de mercado
Não há vergonha na tara
Nenhum limite foi dado
Você pode roubar
Dentro das leis de mercado
Não há vergonha na tara
Nenhum limite foi dado
Você pode roubar
Dentro das leis de mercado