Do nada dou por mim sempre a pensar/
olho para o céu cada vez menos estrelas ao luar/
tanta miseria, revolta luxuria a minha volta/
o tempo passa e ninguém sabe qual é a chave para abrir
a porta/
da felicidade do respeito da dignidade/
ofereço de coração todo o merito em troca de
humildade/
a vida é um quadro que se vai pintando, sem se
compreender/
o antagonismo é a obra de arte que poe a consciencia a
arder/
as rimas são as mesmas e os problemas também são/
se for falar para surdos de ego, imploro compreensao/
achas-me fraco, pelo facto de te pedir amor/
e tu aconchegado na mentira, não sabes o teu valor/
não sabes em quem confiar, nem quem has-de amar/
na vida caminhas sem norte esperando o findar/
choras pelos que partiram, ceifados pela foice da
vida/
e das vivas lembranças que jamais serao esquecidas/
a esperança é um potencial tesouro mais raro/
firme na minha caminhada nunca paro/
A batalha é a vida e o triunfo é o homem/
enfrenta o sofrimento e ganha reconhecimento dos que
fogem/
sinto inveja, mas não vejo os corações/
a desilusão germina a todo instante em minhas
reflexoes/
ninguém sabe o que fazer, que revolução é a mais
correcta/
e aos poukos a amargura o meu coração aperta/
será que alguém consente que eu exista como sou/
o amor e a compreensao da maioria findou/
de passagem tudo corre á velocidade da luz/
o respirar e o pensar é fruto do impulso divino que
reduz/
o eco inconsciente libertado pelo ego/
incompreensao pela vida, é chaga incorporea que
carrego/
a resistencia da consciencia é a pedra mais dura/
mas é a ilusão a gota que bate-bate e aos poucos fura/
quero poder poisar de leve no manto da tranqüilidade/
sentindo n'alma a brisa da maturidade/
será que me deixas revelar, sem que me keiras
trespaçar?/
o instinto assassino espelha-se dentro do teu olhar/
se decidires um dia pelo mundo não chorar mas lutar/
enfrentando-te a ti nesse dia o mundo irá mudar/
nem tudo é tão tragico, mas é bastante agoniante/
o meu interior é a força que faz de mim um ser
pensante/