Sai de ferias já chegou a hora,
Pego a viola e vou a cavalo.
Fazer modinha que fale do campo,
tocar o gado no romper da aurora.
A casa humilde feita de barrote,
O velho cão deitado no terreiro.
O sol bonito no cantar do galo,
De manhazinha ainda no poleiro.
Eu vou andar na estrada de chão,
Como fazia com o meu velho pai.
Vou sofrer muito ao rever tudo aquil,o
Saber que o velho não existe mais.
Eu vou pegar uma vara de anzol,
Vou ficar só, lá na beira do rio.
E no silencio quero ouvir o canto,
Da passarada no calor do sol.
Vou para o chiqueiro tratar dos marrotes,
Com o meu berrante vou chamar o gado.
O sol se põe e longe late o cão,
Esse é o sertão onde eu fui criado.