Nóis agora vai falar
Dos homens de importação
Que passa perto da gente
E manchado de batão
Ninguém diz que estes homens
Foi beijado à traição
("-Falá em beijo, Mineirinho. Ocê sabe que a minha muié deu pra usá um batão que tem gosto de açúcar?
Ô Bolinha. Ocê sabe que também já notei isso? ")
Os homens que bebe pinga
São chamado beberrão
Todos dizem que ele é ruim
Muitas vez é um homem bão
O defeito destes homens
Sai de dentro do garrafão
("- Ô Mineirinho, fala em bebê pinga, ocê alembra do tempo que eu bebia?
Se alembro
Ô rapaz, eu bebia eu não podia trabaiá. Era só eu bebê não podia trabaiá
Aí eu vi que eu tava sendo prejudicado memo, eu peguei larguei de mão
De bebe?
Não, de trabaiá")
Os homens que é jogador
Tem mania de ladino
Se ele chega se casar
Passa as noite nos cassino
Despreza as mulher em casa
Despois diz que é o destino
("- Ô Mineirinho, ocê alembra aquele tempo que eu trabaiava no circo?
Se alembro
Ocê vê rapaz, ia trabaiá no circo quando eu vinha pra casa
Entrava lá mais ou meno três, quatro hora da madrugada
Sua muié não achava ruim, não falava nada?
Não, ela chegava depois de mim")
Os homens que são artista
Que tem esta vocação
Todos chamam de vagabundo
Fazendo mal intenção
Ninguém diz que o artista
Trabalha pra ganhar o pão
("- Eu já sô diferente, viu Mineirinho?
É?
Eu não trabaio pra ganhá o pão não
Ocê trabaia pra ganhá o que Bolinha?
Pra ganhá uma padaria")
Os homens que acharam ruim
Que descurpe o mal jeito
Que não leve isto a mar
Seja nosso amigo do peito
Pra quem gosta do que não presta
Aqui tá dois rapaz direito