Vejo o passar dos anos
com sangue escorrendo nas mãos
traindo meus próprios planos
seguindo meus pés pelo chão
São flores mortas de plástico
num belo e frondoso jardim
Somos os anjos rebeldes
escravos da percepção
e só habitamos o inferno
por não haver outra opção
São flores mortas de plástico
num belo e frondoso jardim
Um índio cruzando o deserto
fugindo da própria emoção
tribais de um mundo moderno
voando bem perto do chão
São flores mortas de plástico
num belo e frondoso jardim