Cantando estes meus versos
Vou dexar bem explicado,
Cavalo também trabalha
Mas não recebe ordenado.
O João de Barro faz casa
Mas não precisa cimento,
O meu canarinho canta
]Sem precisar de instrumento.
A espingarda tem cano
Mas não tem água encanada.
A bala do meu revolver
Eu não dou pra criançada.
Curuja tem olhos grandes
Mas nunca sofreu da vista,
Serrote também tem dente
Ma nunca foi ao dentista.
No banco que a gente senta
Não deposito cruzado,
Tapete não deve nada
Mas por todos é pisado.
O pente também tem dente
Mas nunca mascou chiclete,
O bode também, tem barba
Mas não precisa gilette.
Abelha trabalha muito
Mas não recebe dinheiro,
Avião também tem asa
Mas não dorme no puleiro.
Computador faz leitura
Mas nunca esteve na escola,
Sabiá canta bonito
Mas não sabe tocar vióla.