A Trama do Tempo, a carne viva e a ferida
Não sei se a vida é justa, mas tá aí pra ser vivida
Ninguém sabe a verdade, mas nunca será tarde
Enquanto um problema for uma oportunidade
Vento Sudoeste que acinzenta a paisagem
Trás a frente fria e à chuva dá passagem
Sei bem porque vieste, há muito eu já sabia
Nem tudo é céu azul e há também melancolia
Cada um é o que sobrou de ontem, o que juntou de tudo
Diretor, protagonista e roteirista do seu mundo
(Sem) vítima ou culpado, castigo ou recompensa
Esteja em nós o nosso reino, perdoai-nos tanta ofensa
Como se você já houvesse perdido tudo
Mesmo se no fundo nunca houvesse tido nada
Despido do escudo e de uma tonelada
Um sentimento agudo, ferida cicatrizada
Tudo sempre certo, quase nada resolvido
Com rima ou sem rima, pra encontrar o seu motivo
Lutar por uma causa, amar, criar um filho
Compreender o ego ou buscar o próprio brilho
Cada um é o que sobrou de ontem, o que juntou de tudo
Diretor, protagonista e roteirista do seu mundo
(Sem) vítima ou culpado, castigo ou recompensa
Esteja em nós o nosso reino, perdoai-nos tanta ofensa
Ô, Luz!
É um milagre, é um teste, é um sonho, é uma cruz
Diz pra mim qual é o rosto de Deus
Talvez seja o seu, talvez seja o meu
Ou nada, ou tudo, ou luz
Viver com a urgência de que houvesse uma só vida
E a paciência leve de que a Vida é infinita
Ninguém sabe a verdade, mas nunca será tarde
Enquanto um problema for uma oportunidade
Quero poesia que preencha o meu peito
Pra me provocar, pra entender o meu defeito
Uma poesia pra fortalecer a meta
Aquilo que te faça acelerar a bicicleta
Cada um é o que sobrou de ontem, o que juntou de tudo
Diretor, protagonista e roteirista do seu mundo
(Sem) vítima ou culpado, castigo ou recompensa
Esteja em nós o nosso reino, perdoai-nos tanta ofensa
Ô, Luz!
É um milagre, é um teste, é um sonho, é uma cruz
Diz pra mim qual é o rosto de Deus
Talvez seja o seu, talvez seja o meu
Ô, Nada! Ô, Tudo! Ô, Luz!