Até quando (Rodrigo)
Quando o sol clarear na minha frente
a solidão será minha única companheira
só posso conversar com as paredes
porque agora percebi o que caía
eram pequenas penas de chumbo
que despencavam do alto edifício
queimando e levando para longe
as minhas cartas de suicídio
crianças brincam em jardins
enquanto bombas matam mais inocentes
ouço aos fundos um choro infantil
e a censura contem o controle de nossas mentes
a lua nasce prateando céus e mares
enquanto caças voam pelos ares
a procura de uma agulha no palheiro
que custara um país ou até um mundo inteiro
não somos únicos e não somos todos
isto é um desabafo através do que eu gosto
a dependência da liberdade estão sempre presentes
mesmo com jaulas celas trancas e correntes
“hasta la vitória” o grande profeta dizia
porém primeiro venceremos o dia dia