Já pedi pra louca escutar
Que é pra aquietar
Que eu tenho mais que fazer
Pra ela entender
Que o samba é safo
E dele eu faço profissão
Mas a razão
Mas a questão é que ela sabe sambar
Cambaleando de assalto
O lugar do violão
Já pedi pro Nosso Senhor
Fazer o favor dessa morena levar
Que pra cantar
Que o santo é forte
E do mote eu não abro mão
Mas a razão
Mas a questão é que ela sabe rezar
Glorificando no asfalto
De assalto, no chão
Deixei de ser popular
Deixei concurso
Discurso
Recurso
Fiz curso de urso de shopping
Passei no anti-dopping da consagração
Pra essa menina que chega
E nem sabe o meu nome
Despindo meu samba
Rasgando a camisa
Que a moça precisade se saciar
Se acabar
Me acabar
Eu quis ser popular
Eu que sou qualquer um
Fiz fraseado
Versado
Rimado
Sincopado
Samba dobrado
Arrastado, suado e de senso comum
E essa bandida me chega
Já rindo de lado
Afrouxando meu verso
Deitando na rima
Botando meu samba
No seu carnaval
Femeal
Natural
Imoral
Bestial
Cervical
Femural
Carnaval
Nada mal
Já pedi pro Nosso Senhor
Fazer o favor desta morena levar
Que é pra ajudar
Que o santo é forte
E do mote eu não abro mão
Mas a razão
Mas a questão é que ela sabe rezar
Glorificando no asfalto
De assalto, o refrão
Quando ela vem devagar
Não tem gastrite
Rinite
Cistite
Tendinite e tropa de elite
Que evite os convites de tanto furor
Eu, pra fazer este samba, chamei viatura
Na mesma postura pediu paciência
Sorriu que a ciência está a nosso favor
Meu amor
Pelo amor
Seu doutor
Meu senhor
Extintor
Desamor
Criador
Redentor
Já pedi pra louca escutar
Que é pra aquietar
Que eu tenho mais que fazer
Pra se conter
Que o samba é safo
E dele eu faço profissão
Mas a razão
Mas a questão é que ela sabe sambar
Cambaleando no quarto
De salto no chão