O começo é culpa do fim
Muito mais do que o fim do começo
Prova da inexistência do zero
O vazio é um falso documento
Na mudança diária, rotação
Desabrigados lutando por um pão
No caderno um risco redondo
Representando o nada, e ponto
O zero não existe
Forma e conteúdo persistem
No salário chega perto
Encosta do lado, certo
Pleno de seu valor medíocre
O trabalhador insiste, triste
Tropeça na calçada, o nada
O vácuo é área estruturada
Rua fora do mapa
Do lado das maiores casas
Zero não existe
Pobre não é triste
Madame não é chique
E o erro persiste,
Insiste,
Permite,
Sempre triste