Esparramado no sofá que lhe engole
A fitar o teto que se silencia
O homem médio jaz o próprio corpo mole
E o coração endurecido de angústia e agonia
Perscruta em silêncio a sua dor
A queimar-lhe o peito, nessa tarde fria
E após analisá-la conclui, com horror
Que o que sente é que a vida está vazia
Mas a rua está repleta de hipocrisia