Os tempos idos, nunca esquecidos
Trazem saudades ao recordar
É com tristeza que relembro
Coisas remotas que não vêm mais
Uma escola na Praça Onze
Testemunha ocular
E, perto dela uma balança
Onde os malandros iam sambar
Depois aos poucos, o nosso samba
Sem sentirmos se aprimorou
Pelos salões da sociedade
Sem cerimônia ele entrou
Já não pertence mais à Praça
Já não é samba de terreiro
Vitorioso ele partiu para o estrangeiro
E muito bem representado
Por inspirações de geniais artistas
O nosso samba, humilde samba
Foi de conquistas, em conquistas
Conseguiu penetrar no Municipal
Depois de percorrer todo o universo
Com a mesma roupagem que saiu daqui
Exibiu-se para a duquesa de Kent
No Itamarati