Sem fim, sem início.
já formei, deformei, o seu rosto.
Mil vezes, mil tentativas.
Procurando novas saídas.
Soprei, ansiedades.
Esparramei, meus pecados, no chão.
vou viver, duzentas mil vidas.
De aflições e perspectivas.
Cores frias, no céu, seu olhar transparemte,
não diz nada do que eu queria ouvir.
nem diz nada, afinal.
Cores quentes no chão, você é tão racional.
E eu sempre saindo do trilho,
eu sempre querendo um final.
pra uma estória, sem fim nem início.
já formei, deformei os detalhes e ainda sobrou
uma dor escondida, que me aperta, os olhos malditos ditos
loucos, sem cura, sem força.
Sem coragem para encarar, sua cara de máquina intransigente,
o seu modo sufoca o meu ar.
Enfim, sem destino.
sem razões, sem ações destemidas,
aflições e perspectivas.
mil tensões, mil tentativas.
Prisões, circulares.
Recorrentes absurdos, velhos ares.
nem que eu viva, duzentas mil vidas de
aflições e perspectivas.