hoje mais que nunca, queremos viver (terra)
sem receber ordens do seu feitor (sangue)
é o grito de um novo amanhecer (guerra)
vindo das entranhas de um sonhador (dor)
e esse homem já se cansou de ser pisado
cansado de promessas, disposto a lutar
seus filhos são herdeiros do mesmo legado
uma escola que só ensina a lucrar
certidão de compra e venda é apenas papel
não prova nada e nem vai provar
hoje é fazenda de coronel, ontem o índio podia
plantar
sentimento rasgado lavrado em cartório
as custa de sangue, vela e caixão
vale tudo pra aumentar o seu território
reforma agrária a base de corpos no chão
quem pode mais chora menos, atirem
e sorrindo iremos ver cair mais um barão
coronéis, coronéis, coronéis... são sujos como latas
de lixo
grileiros, posseiros, capatazes, se preparem pro
último aviso
coronéis, coronéis, coronéis... são sujos como latas
de lixo
grileiros, posseiros, capatazes, eu miro, engatilho e
atiro!
hoje mais que nunca, queremos viver (terra)
sem receber ordens do seu feitor (sangue)
é o grito de um novo amanhecer (guerra)
vindo das entranhas de um sonhador (dor)
apartamentos e casas super elitizadas
com vista para o mar e área avarandada
nos fundos, dependência de empregada
isso é resquício da tradição escravocrata
escrava, escrava, a mucama da casa
tem vista para o mar e área avarandada
nos fundos, dependência de empregada
mais um retrato da tradição escravocrata
escrava, escrava, a mucama da casa
tem vista para o mar e área avarandada
nos fundos, dependência de empregada
isso é retrato da tradição escravocrata
escrava, escrava... escrava