Zaca de chagas
Oxe, tou vendo zombi, o crack já impôs o fim
Se olha no espelho “oxe doido, o boy é igual a mim”
Como a conquista é bonita, como a derrota é maldita
Sei que tu pode ajudar, mas tu nem prefere olhar
Sei bem quem tá, ou não né, é foda, sem olho na mão
Né chipan, como saber se é irmão?
Se até o de casa, de sangue, é versus
Cada um na sua gangue, versus, bang bang!!!
Moral
Caminhando num meio incerto, mentes habitam no deserto
Esperando o mal passar, botando a fé numa paz de servo
Escravidão de peito aberto é o que muitos pensam ser bom
Soldados no armagedom sem saber qual o lado certo
Espelhem-se na mídia, é uma vida satisfatória:
Enriqueça mais os patrões da democracia ilusória
O que não nos convém, é o que mais tem na trajetória
Pregadores de um mundo sujo e suas farsas combinatórias
Universo em desencanto, o futuro tão racional
Criança dormindo em rua e saúde sem hospital
Então, vamos celebrar a estupidez da população nacional
Hipnotizada por rádio, tv, manequim de vitrine, revista e jornal
Cultura do capital implantada em cada ser vivo
Faz presa do velho oeste, predador no novo egito
Busco a paz, mas não me querem um gandhi alternativo
Então, sigo no estilo gangue, espancando vários ouvidos
Faraó
Eu sei que o sistema só vende ilusão, por isso que eu sigo o caminho do leão
Toda ideia transformo em ação, falange da rebelião
Pra se livrar do velho conto do vigário
Babilônia cai, tá escrito no livro sagrado
Sempre acima, não retroceder, só planejo coisas que posso fazer
Acontecer, não me importo o que, derrubam muralhas, derrubam você
E faço o óleo, muleque manja nas alturas
Babilônia cai, foi previsto nas escrituras
Diomedes chinaski
Na terra do sol, o faraó
Levanta sua pirâmide do pó
Nós somos escribas, já os sacerdotes
Recebendo ofertas, fazendo o malote
Dizem que é sagrada, essa nova ordem
Que manda a vida se foder e revive a morte
De onde vim rapá, tá difícil lá
Então não vou mentir, eu vim pra lucrar
A escravidão inda é a mesma, desde o antigo egito
Saqueio sarcófagos, eterno perigo
Maltrato merdinhas, é o que mariquinhas?
Quer saber quem merece mais? Comparem as linhas!
A cada som elevamos um panteão
Então, é muito maior que uma associação
Imagina a chave mestra bem organizada
É um novo egito, nova aurora, nova estrada
Zaca de chagas
Eu vim crescer depois de ser descriminado por você
É foda, né, crescer, fazendo parte do amanhecer, do anoitecer
Onde mentes pensam e criam castelos pra te foder
Selva de pedra, habitam canibais tradicionais
Em seus comerciais, chave mestra anormais
Em visão alheias, pessoais, tanta ignorância rapaz
Tou ligado nos seus capataz, quero que se foda os iguais
Bighead comparsa me passa a cachaça, me passa essa massa e mostra o que tu faz!
Bighead
E eu, só quero grana, thc e glória
Tou contando com isso, enquanto os falsos contam história
Espero sucesso no meu futuro e o que é que tem?
Eu nunca fiz questão de ser mais do que ninguém
Só quero viver bem, fazendo o que eu quiser
Sem ninguém me enchendo o saco e pegando no meu pé
Viajar pelo o mundão sem ter nenhuma sina
Tomar meu vinho tinto e arriar com as meninas
“Vivendo a vida vivo”, como disse don chinaski
“Mas natural que ontem”, sempre na sagacidade
“Na busca do conhecimento” eu me reforço
Tiro o pé da lama e sigo do “caos ao cosmo”
E não vou dá peneira, pra nenhum suco sujo!
Comédia descarado, insolente, sem futuro
Quer roubar meu mundo, só se arrancar minha cabeça
3 Versos por dia, eu faço de sábado sexta!
Faraó
“Pense no que vão dizer, lembre-se quem é você
Mal elemento ou marginal”, se pode parecer
Meliante pode ser, eu mando é tudo se foder
Que esses fi de rapariga tudinho quer aparecer
Se mete a maluco invocado, é claro tem a pá de lado
Mas se ver canhão esses pregos sai pinotado
Tudo de avoado, cabreiro, bonde é pesado
E com nossa conquista, ficarão inconformados
Louco do texas
A santa religião que é possuída pelo cão
O cão na manada de porcos tortura e escravidão
No meio de um país que ostenta com a fé sempre em alta a nação
O lobo se faz de cordeiro pra comer a mulher do irmão
Defenderei meus ideais, lutarei pela pátria amada
Daqueles que nem se quer lembram o caminho de casa
Eu sou o cavalo de tróia conquistando a sua praia
O capital da sua igreja, a corda que te engasga!
O príncipe das trevas vestido de messias
Veio buscar você e toda a sua família!
O lucro do governo e sua hipocrisia
O meu disco nas ruas, uma eterna sinfonia!
Eu sou chico no novo egito, a linha do equilíbrio
A chave pra eternidade, a inteligencia dos bandidos
A fase mais perigosa no jogo de raciocínio
O sangue mais desejado pela sede dos inimigos!