O vento forte varre a poeira e a lua cheia que clareia o escuro tem um mendigo lá na calçada guarda noturno atrás der um ladrão
E no silêncio só se escutam as folhas secas pelo chão crianças que as vezes choram com medo de assombração e no calar da madrugada a chuva vem e molha o chão
o pingo d’água molha o rosto eu lembro logo do sertão
O grilo canta no meio da mata o boi levanta e os pássaros se espantam uma coruja em cima do telhado espera o dia para adormecer
E o vento forte continua assoprando as ondas do mar um pescador com sua rede querendo o seu pão ganhar
e da janela eu vejo tudo a madrugada se acabar o povo todo se levanta e o novo dia vai raiar
E a coruja já foi embora chegou a hora dela adormecer o galo canta na alta serra dizendo ao povo que o sol vai nascer