Fim de tarde, raio e trovão
A chuva passa, reascende a sedução
É verão, o sol abraça o mar azul
Explode em alegria o país de norte a sul
Bravo Arranco
Em passarela o concerto é poesia
A batuta brasileira rege em aquarela a sinfonia
Desenha no arranjo a consciência
O tom da natureza risca notas musicais
Pinta harmonia com um traço
Mescla tinta no compasso
Colorindo as quatro estações
Faz da partitura uma pintura
Do coro um recital de emoções
Brisa dança no quintal, aos olhos seus
Fruta madura do pomar aos lábios meus
Sabiá o lamento ecoou, outono amarelou
As folhas secas o vento levou
Na ilusão, o firmamento é bordado
Paetês de prata, são estrelas lá do céu
O inverno invade a alma e o ar gelado
Se perde junto à fogueirinha de papel
Brota um buquê, é primavera
A vida se transforma num jardim
Pássaros e borboletas bailam no doce perfume
Orvalho é o pranto de uma linda flor
Clamando ao mundo a paz e o amor