Não poderia faltar nesta festa
O samba que resta no meu violão
Não poderia deixar esta fresta aberta
Na certa é o meu coração
Que empresta a música mestra
Que canção é esta que traz emoção?
Melodia parece orquestra
E se instala na brecha
Dos dedos da mão
Não poderia faltar a cerveja
Qualquer que seja a predileção
Não poderia ter rum com cereja,
ora veja,
Na mesa não tem alemão
Me empresta o chá de carqueja
Que pimenta é esta que arde na mão?
A lingüiça parece que presta
E se instala na brecha
Dos dedos da mão
O caldo de feijão
Tá queimando na panela
Troca esta lingüiça
Refrão
por sardinha e moela
Olha o mulatão
Que tá sambando na janela!
Quem me responde
Quem é ela? Quem é ela?
Não poderia faltar nesta roda
O samba que é moda da Lapa ao Leblon
Não poderia deixar minhas cordas
De fora
Agora é com meu violão
Quem pediu melodia remota?
Pode dar a nota
Que eu levo no tom
E quem conta a primeira anedota?
Vá embora, patota, batendo com a mão!
Não poderia faltar o torresmo
Quem sabe eu mesmo não vou pro fogão
Não cantaria um samba a esmo
Eu vejo no verso sempre uma razão
Pode servir caipirinha
De lima-da-pérsia ou então de limão
Mas faz de cachaça mineira
Vai ser saideira
No fim da canção
Refrão