Quando eu morrer
Vou bater lá na porta do céu
E vou falar pra São Pedro
Que ninguém quer essa vida cruel (êh!)
Quando eu morrer
Vou bater lá na porta do céu
E vou falar pra São Pedro
Que ninguém quer essa vida cruel
Eu não quero essa vida não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Oi, Zambi, vê se manda parar aquela folia lá no morro
Quando os homi chegam chutando as portas e revirando tudo
Todo mundo fica assustado
E a criançada com aqueles olhos arregalados
O coração saindo pela boca, ai meu Deus!
A tal lei de invasão de domicílio lá no morro não vale é nada
Eu não quero essa vida não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Ah Zambi, talvez outra coisa
Você também podia clarear a cabeça de minha gente lá no morro
Pra eles pararem de tanta cachaçada, maconha e briga
Devagar tá legal, ham
Mas quando os nego tão doido dão tiro à toa, à toa
E quando eles inventam de brincar de bandido
É os de baixo atancando os de cima
Os da direita atacando os da esquerda
E o pior, é que ninguém é da direita nem da esquerda
É todo mundo do mesmo morro
É a miséria brigando com o miserê
Eu não quero essa vida não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero as crianças roubando
E a veinha esmolando uma xepa na feira
Eu não quero esse medo estampado
Na cara duns nêgo sem eira nem beira
Eu não quero essa vida não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Asbre a cadeia
Pros inocentes
Dá liberdade pros homens de opinião
Quando um nêgo tá morto de fome
Um outro não tem o que comer
Quando um nêgo tá num pau-de-arara
Tem nego penando num outro sofrer
Eu não quero essa vida não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Quando eu morrer
Vou bater lá na porta do céu
E vou falar pra São Pedro
Que ninguém quer essa vida cruel (é!)
Quando eu morrer
Vou bater lá na porta do céu
E vou falar pra São Pedro
Que ninguém quer essa vida cruel
Eu não quero essa vida não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Eu não quero essa vida não Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Deus é pai, Deus é filho, Espírito Santo é Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Deus é pai, Deus é filho, Espírito Santo é Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Deus é pai, Deus é filho, Espírito Santo é Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Clementina é filha de Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Deus é pai, Deus é filho, Espírito Santo é Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Ê, ê, ê, ê, ê, ê Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi
Deus é pai, Deus é filho, Espírito Santo é Zambi
Ninguém quer essa vida assim não Zambi