Viajei de madrugada na minha besta rainha, fui numa festa de reis na Fazenda Alagoinha, pertinho de Porto Alegre, eu cheguei lah de tardinha, fazendeiro Zé Valente, família da gente minha.
Larguei a mula no pasto, depois de dar uma repasso, dei uma volta na sala soltei meu peito de aço, vi uma morena trigueira fiz um verso no embarasso, quando repiquei a viola ela caiu no meu braço.
Eu falei em casamento me respondeu com frieza não me caso com violeiro eu tenho grande riquesa, sou a rainha do gado, sou rica por natureza, só gostei da sua viola, desculpe a minha franquesa.
Respondi no pé da letra, sou lá de minas gerais, tenho garimpo e diamante, sou um grande industrial, sou dono de muitas terras, crio boiada em Goiás, eu compro a sua fazenda e todos seu credenciais.
O povo bateu palma, é isso mesmo rapaiz, ela perguntou meu nome eu só dei as iniciais, ela me abraçou chorando me apresentando seus pais, o prazo do casamento violeiro é você quem faz.