João era um cara legal
Mas tinha um segredo, gostava de pau
Mas também tinha medo, afinal
Tem muito preconceito na sociedade atual
Quando seu pai descobriu
Bateu nele com um vaso de cerâmica
Ele chorou, quando viu
O mundo é cruel, ah o mundo é tão cruel
João e Joana, pipi e xana
Joana, João, pintinho pintão
João era belo, gostava de pinguelo
Joana era menina, gostava de vagina
João usava tênis, gostava de pênis
Joana chinelo, curtia caramelo
Joana era linda demais
Era desejada por todo menino e rapaz
Mas uma charada escondia dos pais
A Tonya motoqueira era seu ponto de paz
Quando a mãe percebeu
Bateu nela com um cacto vermelho
Ela se entristeceu
O mundo é cruel, ah o mundo é tão cruel
João e joana, pipi e xana
Joana, joão, vagina na mão
João Grassel, lambia pincel
Joana arruda, curtia Xalanpuda
João Falconi, pegava o Tony
Joana patife, batia bife
Algumas pessoas dançam freestep
Eu só vou cantar um rap
Se a pessoa é homossexual
O seu preconceito não é racional
Eu falo isso em tom de piada
Mas isso é brasil, não conto de fada
O que os cara não viu, não achou mal
Mas isso representa muito caso real
Preconceito dos pais, amigos, sociedade
O problema é grave, isso é realidade
Quebrar lâmpada na cara de alguém é da hora?
Vou quebrar na sua cara, pra ver se você gosta
Vamo fazer história, pra entrar na memória
Parar com essa porra, a hora é agora
Quem tá comigo vem, eu e você também
Então vamos à luta, uma sociedade justa, vai
João e Joana, pipi e xana
Joana, João, Tonya Tonhão
João Nonário, saiu do armário
Joana levada, só dava dedada
João comia coentro, cagava pra dentro
Joana Mamusca, capô de fusca
João e Joana, pipi e xana
João e Joana, pipi e xana
João e Joana, pipi e xana
João e Joana, pipi e xana
Composição: Pedro Vittorio / Marcus Belvitta