No grito do Ipiranga meu dono me vendeu!
No meu dia de alforria minha sina se escreveu:
Sem teto e sem terra, sem esperança e sem dor!
Fortuna, infortuna!
O meu fado ja viveu!
Culpado? Que importa?
Só o que importa, não sou eu!
Não quero hipocrisia, demasia, desforria e temor! *[Refrão]*
(Não, não quero mais!)
Eu quero sinergia, empatia, harmonia! Minha cor!
(Sim, eu quero paz!)
No meu grito de alegria meu compasso se perdeu!
Na santa inocência meu amigo me rendeu!
(Votou, não leu, o pau comeu!)
De novo em berço esplêndido um sacomano nasceu!
A noite se esguia, meu vigia se corrompeu!
Na busca de um guia meu dinheiro não é meu!