LAVRADOR
José Dores - Sérgio Borges
Diz-me ó lavrador
Quem te deu teu pé de meia
Diz-me se na tua terra
Se vive à luz da candeia
E quando à tardinha
Estando seco o teu suor
Te sentas à mesa
Dando graças ao Senhor
Diz-me ó lavrador
Quem te deu o teu arado
Quando pra viveres
Vais e vens sulcando o prado
São esses largos sulcos
Que fazes na tua vida
Que te fazem ver enfim
Que na altura em que parares
Cairás
Diz-me ó lavrador
Quem te estende a mão amiga
Diz-me se as tuas palavras
Soam como uma cantiga
Que soprado ao vento
Vai morrendo mais além
Sem que o mundo egoísta
Faça esforços para ouvir
Diz-me ó lavrador
Quem te deu o teu arado
Quando pra viveres
Vais e vens sulcando o prado
São esses largos sulcos
Que fazes na tua vida
Que te fazem ver enfim
Que na altura em que parares
Cairás