Porra tacaram osso eu não vi
carne há desigualdade social em
toda parte recorra
sai da gangorra a vida voa
enquanto um lado sobe
o outro desce não é atoa
a vida é uma gangorra
minha coroa vive me dizendo que está
por cima tira onda com o
pequeno tá aí a tal gangorra
que no meio nunca para mais fácil
pular fora para o outro quebrar a cara
não para!
e leva meu raciocínio por aqui
centenas de culturas obrigadas a sumir
capitalismo não é o espelho
da humanidade como seria
se expulso de sua cidade praticidade
em cabos de informação
via internet, lojinha e televisão pra
quem não vive isso estava antes do que
nosso índio oprimido quem escuta sua voz?
argolas no pescoço
desde cedo na infância
a cultura do humano quase extinta
na Tailândia ignorância
do homem pra valer geralmente o normal
está nos olhos de quem vê antes no brasil
ninguém falava português
e nossa língua foi roubada
explorada por burguês o tupi e o guarani
ninguém sabe, ninguém viu
juntamente com a cultura verdadeira
que sumiu as tribos já voltaram armadas
para a batalha busca da cultura
que um dia foi roubada traves de rezas, pedras
sobre pedrasna cidade destruída
na natureza manifestar era diferente do que já viu
no embalo na saída, curtição enquanto a vida
pra viver, é foda quando todo mundo vê
uma criança ao relento em meio ao veneno
com um beck no saco de cola do mac
uma vergonha quando apronta
isso quando não se da conta que na verdade
e na humildade é saber como chegar
saber representar então se liga
faz a tese, rap, poesia de contestação
sou, sou, sou contestação na revolução
então se liga esse é meu som