Edu pra muda sua rima,licença eu peço
Ser lembrado igual eduardo,isso é ter sucesso
Minha mente maquinava maldade,"ce" resgato
E hoje em dia eu entendo,que o rap que me salvo
Me livro da vinde e dois,trinta e oito,escopeta
E não ganhei homenagem com foto na camiseta
Não virei lembrança,historia,passado
Porque eu já vi mano,e sei que é embaçado
A mãe enterra o filho,interrogando deus
Busca forças em cristo,nessas horas até ateus
É isso que inspira minhas composições
Não vou muda meus ideias,independente das opiniões
Porque assim seria traição interna
Eu vi que a luz no fim do túnel,era lanterna
Ai joguei tudo pro ar,parti pra cima
Comecei a entender o preço,que tinha a rima
Quando a verdade começo desagrada
Mas vejo moleque de luto,e luto pra isso acaba
Como rzo um mensageiro da favela
Meu rap não vai ser trilha sonora de novela
Enquanto a porra da pobreza gera sequela
Pro moleque que não tem nada na panela
Meu som vai ser protesto,instinto revolucionário
Ganha uma vez é pouco pra quem perdeu pra caralho
Sou brazilândia ,zona norte,são paulo irmão
Onde a razão vem falando mais alto,que o coração
Aqui você entende o valor da periferia
E descobri,os pais educam,mas a quebra cria
"eu sou moleque,que aprendeu com rap uma lição
Que não ensina em nenhuma escola,meu irmão
E meu caderno,foi sabotage,facção
Obrigado professores,seu aluno hoje está são" 2x
Eu não entendo o motivo,que leva essa gente
Ao preconceito sonoro,pra quem se julga inteligente
Não percebe que o rap não "ta" de patifaria
Ouve a letra zé porva,antes de julga apologia
Ouvi você fala que o rap era agressivo
Não entendo,era suave a letra no meu ouvido
Eu comprovei o ditado,que a verdade doí
Quando vi,que nosso som incomodava os boy
Eu priorizei a verdade,a minha verdade
Que me abriu os olhos,perante toda maldade
No barulho da cápsula,quicando no chão
Vc percebe que a vida não vale nada irmão
O que vc construiu,carregando cimento
É pouco de mais,pra tanto sofrimento
O povo precisa entra,no mesmo consentimento
De larga as armas,engatilha o pensamento
As vezes nem tudo que parece é
Deitado em berço esplêndido? devia "ta" de pé
Ta ligado o velho mendigo da esmola
A mente dele trás mais informação que a sua escola
"eu sou moleque,que aprendeu com rap uma lição
Que não ensina em nenhuma escola,meu irmão
E meu caderno,foi sabotage,facção
Obrigado professores,seu aluno hoje está são"
Na tv eu vejo o mar,imenso
Na quebra o esgoto,e penso
Se a desigualdade que destrói a nação
Existiria se não existisse a porra do cifrão
A sociedade me enxerga como um peso
Mas sabe que eu não nasci indefeso
Tento guia,mas o brinquedo crio vida
E entendo o preço de um prato,de comida
Na quebrada construiu o seu respeito
Quebrado e não existe mais concerto
Nois não é barbie,aprendemos de menino
Que não é o chuck o brinquedo assassino
Aqui é outro,cospe jumbo, gera luto
Sem brinca moleque ai não vai pra grupo
A sociedade exclui,e nem disfarça
O crime abraça e ai vira ameaça
Some do mapa como uma magia mística
Apenas mais um que vai virar estatística
Então não troque o pipa,a bola,o fliperama
Pelas armas e crime,a procura da porra da grana
Tudo tem um preço amigo,isso é claro
A vida cobra,e quando cobra,cobra caro
Pode esperar,que isso vai acontecer
Vão aponta na sua cara e falar,você não vai vencer
Composição: Felipe Rogovski