Esta é a casa do Oleiro.
Vaso rachado aqui não pode ficar.
Ele não deixa, quebra e refaz de novo,
Transforma em pó, pra depois recomeçar.
Ele peneira e tira toda a impureza,
Toda soberba, toda inveja e amargura,
Depois amassa, pra moldar de outra forma.
Ficando pronto ainda tem mais uma prova.
Pega o vaso e o passa pelo fogo
Pra que ele fique firme e forte pra usar.
E pra usá-lo, ele enche de azeite,
Depois de cheio ele começa a transbordar.
Se aqui tem vaso, seja cheio do azeite.
Vaso de honra deixa ele transbordar.
Não se segure, faça a vontade dele,
Derrame azeite, deixa o Oleiro te usar.
Deixa o Oleiro te moldar,
Deixa o azeite derramar.
Sinta as mãos do Oleiro
Te fazendo um vaso novo,
Pra encher e transbordar.
Deixa o Oleiro te moldar,
Deixa o azeite derramar.
Amoleça o coração, seja cheio da unção.
Porque ele quer te usar.