Quando eu voltar "devolta", diga -se de passagem
Águas de Maio fecham o outono na margem
Traça o rumo da rota , o mundo na bagagem
Eu te ganhei pra não perder a viagem
Que nessa vida a gente tem
um bem que paga essa saudade
Essa mania que a gente tem
de renascer com o passar da idade
Quando te der me assalta desejos e paisagens
cores que vem cheias de amor e vaidade
Te preparo outra vida , o fruto que germina
em poucas notas , outras sonoridades
Que nessa vida a gente vem
pra viver nossa eternidade
Essa agonia que a gente tem
de não querer pela metade
Quanto mais envelheço , muito mais velho pareço
E quase empobreço a inocência de ingenuidade
Quando um sonho padece , tua mão quente me aquece
Agora sei de onde vem o que fortalece