Meu grande amor somos dois barcos tristes,
Que navegamos sempre em ondas fortes,
Sempre seguimos rumos diferentes,
Um vai pro sul e o outro vai pro norte,
Pra onde vamos não existe porto,
Pro mar da vida somos clandestinos,
Dois condenados a morrer de amor,
Na tempestade do fatal destino,
Estou perdido e você também,
Estamos os dois a chorar de saudade,
Não adianta navegar pra longe,
Se está tão perto a felicidade,
Estamos presos pelo compromisso,
que a própria honra obriga cumprir,
Mas, que os nossos corações desejam,
Os nossos lábios não podem pedir,
Nas minhas noites de cruel revolta,
Sinto por dentro um coração que chora,
Mas, o relógio do tempo marcou,
O nosso encontro tão fora de hora,
Me vi perdido pelo mar da vida,
sempre enfrentando a onda cruel,
Jamais iremos alcançar o porto,
Porque o nosso barco é de papel...
Jamais iremos alcançar o porto,
Porque o nosso barco é de papel...