Presos pelo destino
Num pedestal
Azul de cristal
Um par de bailarinos
De gestos imortais,
Sempre iguais,
No drama de uma cena sem fim
Ela se desengana,
Se desespera
E salta no chão
Quebrando a porcelana
E a longa espera em vão
E o seu último prazer
Foi um salto e depois morrer
Lá, sobre o cristal,
Seu par curvou-se sobre o pedestal
E assim ficou,
Anos de saudade,
Chorando a dor
Da falta do seu amor