Com um broche de água-marinha e uma esterlina te presenteou
Teu negro, um negro pobre não tinha um cobre pra teu amor
A fala de um mulato de roupa fina te entusiasmou
Eu juro que uma mulata por ouro e prata se apaixonou, oi
Chora que chora, o morro à noite implora
A volta de uma traidora ao negro que abandou
Roda que roda, o mesmo que uma moeda
Com roupas de tule e seda aquela que o enganou
O negro finge que está cantando mas os seus olhos estão chorando
Que lembram de uma mulata que em outros tempos jurou-lhe amor, ai
Essa é a vida, não sofras nem a maldigas
Que tem um Deus que castiga quem peca por ambição
Um negro com dez moedas forrou com seda seu coração
A prata, sempre a prata, que fere e mata sem compaixão
(Postado por Cláudio Cleudson)