Que saudade da caatinga
Do luar do meu sertão
Que saudade das serestas
Com a viola na mão
Lembro dos fins de semana
Do namoro no portão
Meu diploma vem da roça
Dentro do meu coração
Sou doutor com minha enxada
Quando vou lavrar o chão
Sou doutor com meu arado
Semeando a plantação
Sou um matuto de verdade
Sou doutor na amizade
Sou caboclo do sertão
Hoje na selva de pedras
É só lembranças, cidadão
Não tem mugido de boi
Nem o grito do peão
Pra comer coisas da roça
Um arrozinho com feijão
Tudo tão contaminado
Cheio de poluição
Sou doutor com minha enxada
Quando vou lavrar o chão
Sou doutor com meu arado
Semeando a plantação
Sou um matuto de verdade
Sou doutor na amizade
Sou caboclo do sertão
Sou doutor com minha enxada
Quando vou lavrar o chão
Sou doutor com meu arado
Semeando a plantação
Sou um matuto de verdade
Sou doutor na amizade
Sou caboclo do sertão