Eu sei o canto desta loucura,
a dor no ar, à flor da pele.
Em nós o eco pode estar tão perto,
No sonho o azar é muito esperto.
Acordar de vez, deixar de ser só um homem branco,
olhar mais uma vez, deitar e ser a humanidade.
Eu sei um tanto da aventura
do amor na vida, o ardor me zele.
Da voz do ego, poder estar tão certo,
na mente, no som, num mito inquieto.
Acordar de vez, parar de ser só um homem de quanto,
olhar mais uma vez, deixar em paz a humanidade.
Um rei no trono e a postura,
a flor na mão, à flor da pele.
Em nus o pus pode estar aberto,
no sangue, no mar, no grito inquieto.
Assombrar de vez, calar da boca do homem o pranto,
olhar mais uma vez, aumentar o grau de humanidade.