E ai de quem for lá pro fundo
E ai de quem saltar pro fundo
Bem onde tem murais, vitrais e tudo que se faz
De conta que não vale mais
E ai de quem estiver no fundo
E o que haverá de tão profundo
Um escarcéu de estranhos sonhos a se realizar
E um ser que ainda quer brotar
Se vale ou se não vale se mergulhar
Se o raso é mais seguro pra se ficar
O mundo mete o medo de afundar
Mas é mesmo lá no fundo que vai se encontrar
Ajoelhado e debruçado em si mesmo
E para quem pulou pro fundo
E mergulhou no próprio fundo
Será capaz de compreender, no fundo o que vale mais
Num ser que ainda quer brotar