Minha alma água
Preenchendo no meu corpo o vazio
Transparente e clara
Percorrendo as margens tortas do rio
E as pedras e depressões que crio
Nesse meu incessante carinho
São filhos dessa viva água
A escorrer a imensidão do rio
Desço montanhas descansando em vales onde a alma quer se deitar
Sem resistir, livre pra onde a terra quiser me levar
E quando não houver mais rio pra seguir
O mar
Ai vem o frio
Vou me deitar
Do mar para o rio
Do rio pro mar