Agora pega fogo no Congá
Samba io iô, samba ia iá
Cantar em tom maior o som do gueto
É coisa de pele, é coisa de preto
Meu irmão
Deixa eu te contar o que ninguém contou
A saga de um povo
História que o tempo jamais apagou
A sombra de um baobá
Tão forte é a minha raiz
Abra os caminhos do mar olokun
Um marko de lutas e glórias
Sou negro, sou raça
No esporte um salto à vitória
Firma o tan tan, cavaco, surdo e pandeiro
Joia rara, um sorriso negro
Abriu a cortina a rainha mandou avisar
Vem pra roda o samba vai começar
Nosso picadeiro é alegria, poesia na favela
Obá
Na literatura, um bom jogo de cintura
Pra ganhar
Maria
Moldando a arte, um dom divinal
Só quem viu é que pode contar
A vida é louca , nego eu vi até Jesus chorar
A força que vem da mulher, estrela do gantois
Independente da cega justiça
A carne negra não sangra de novo
Na bênção dos orixás, axé pro meu povo